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Biblioteca pessoal compartilhada

Blog voltado para arquivar os meus estudos, textos autorais, textos de outras páginas, textos editados, fotos, enfim tudo relacionado à dança

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Mary Wigman


Wigman foi uma das principais representantes da corrente expressionista, partidária da dança livre. Discípula e colaboradora de Rudolf von Labans, em 1920 fundou em Dresden uma escola e, em 1949, inaugurou outra em Berlim Ocidental. Contrária à técnica convencional do balé clássico, de movimentos padronizados, para Wigman o mais importante eram as emoções do bailarino. Os movimentos livres e improvisados transformavam-se em séries rítmicas e expressivas, acompanhadas em geral apenas de um instrumento de percussão. De 1921 a 1923, Wigman e sua companhia atuaram por todo o mundo, exercendo uma influência decisiva na dança moderna americana. Entre 1933 e 1948, foi coreógrafa, bailarina e professora de dança em Dresden e Leipzig. Wigman publicou, entre outras obras, A Linguagem da Dança (1963).

THE NICHOLAS BROTHERS



THE NICHOLAS BROTHERS utilizavam o ACROBATIC TAP, um sapateado fantástico em que se faziam muitas acrobacias aprendidas em circo misturada com música e com ritmo. Além do acrobatic tap eles utilizavam passos flash e o rhythm tap. Harold Nicholas e Fayard Nicholas integrantes da dupla, fez filmes musicais cantando e atuando. Outro exemplo de duplas são os BERKELY BROTHERS.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

BILL "BOJANGLES" ROBINSON



BILL "BOJANGLES" ROBINSON (1878 - 1947) foi um marco para a história do sapateado. Ele era um negro americano que foi o primeiro a "levantar" o sapateado na meia ponta, antes dele só se sapateava com o pé inteiro no chão, revolucionando essa dança a partir de 1910 até os anos 40. Nasceu em 1878 e pouco se sabe sobre sua infância. Em 1898 foi pra NY tentar a vida como bailarino e só em 1929 é que ele descoberto pelos críticos da cidade. Ele dançou um número com escadas, que ficou sendo sua marca registrada, já com cinqüenta anos. Ele foi o primeiro negro a conseguir um papel principal na Broadway. Em 1932 foi pra Hollywood e inaugurou a entrada de um casal na história do cinema, Bill "Bojangles" e Shirley Temple, de apenas 6 anos de idade. As leis da época não permitiam que um negro dançasse com um branco (a não ser que fosse criança) e por isso "Bojangles" não pode estar nas telas com mais ninguém. A contribuição que ele deixou pro sapateado foi o de "trazer" o sapateado pra meia ponta. Os hoffer´s, na época usavam muito o pé inteiro no chão. Bill "Bojangles" trouxe leveza, clareza de sons e ritmos ainda desconhecidos. Tinha muito carisma e conquistava qualquer público com a sua genialidade. Tudo isso contribuiu para que no dia 25 de maio, data do seu aniversário, fosse comemorado o Dia Internacional do Sapateado, data oficializada pelo congresso dos Estados Unidos, para que assim com "Bojangles" fosse uma referência para todos os sapateadores.

Isadora Duncan



Nascida em São Francisco no dia 27 de Maio de 1877, Isadora, filha do casal Dora Gray Duncan pianista e professora de música e Joseph Charles, poeta, é considerada a pioneira da dança moderna.


Sua proposta de dança era algo completamente diferente do comum, com movimentos improvisados, inspirados, também, nos movimentos da natureza: vento, plantas, água. Os cabelos meio soltos e os pés descalços também faziam parte de sua personalidade.

A Suas vestimentas eram leves, túnicas, assim como as das figuras dos vasos gregos que ela encontrava principalmente em museus. O cenário simples, era composto apenas por uma cortina azul. "Desde o início sempre dancei minha vida", disse ela, certa vez, demonstrando a maneira particular como encarava a sua arte.



Em sua aversão pelo balé clássico chegou ao extremo de afirmar: "eu sou inimiga do balé, o qual considero arte falsa e absurda, que de fato está fora de todo o âmbito da arte”. Isadora causou polêmica ao ignorar todas as técnicas do balé clássico. Ela utilizava músicas até então tidas apenas como para apreciação auditiva.

Ela dançava ao som de Chopin e Wagner e a expressividade pessoal e improvisação estavam sempre presentes no seu estilo. “Tive três grandes mestres, os três grandes precursores da dança no nosso século: Beethoven, Nietzsche e Wagner”, dizia ela, que gostava de citar o filósofo Friedrich Nietzsche entre os compositores alemães.

Isadora morreu em um acidente de carro conversível, quando seu echarpe ficou preso a uma das rodas enforcando-a. "Adeus, amigos! Vou para a glória.", dissera, ao entrar no carro.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pina Bausch


Pina Bausch nasceu em 1940, na cidade de Solingen. Com a sua coreografia, levou a dança para fora de suas velhas formas e, como diretora do Tanztheater da cidade da cidade de Wuppertal, cunhou o novo conceito de dança-teatro. Entre 1955 e 1958, estudou e formou-se em dança na Escola Folkwang da cidade de Essen, sob direção de Kurt Jooss. Entre 1959 e 1962, estudou dança nos EUA, onde trabalhou, entre outros, com Paul Taylor e Antony Tudora. Em 1962, retorna à Alemanha a pedido de Kurt Jooss e torna-se bailarina no Folkwang-Ballett recém-inaugurado por ele. Em 1968, realiza sua primeira coreografia para o Folkwang-Ballett: “Fragment”. Entre 1969 e 1973, foi diretora artística, coreógrafa e bailarina do Estúdio de Dança Folkwang (1971,“Aktionen für Tänzer”, 1972 “Thannhäuser”, “Bacchanals”). Em 1980 realizou o primeiro trabalho conjunto com o cenógrafo Peter Pabst. A partir de 1983, assumiu a direção artística do Estúdio de Dança Folkwang, cargo ocupado até hoje. Entre 1983 e 1989, dirigiu o departamento de dança da Folkwang Hochschule em Essen. Em 1973 foi nomeada diretora do Ballet der Wuppertaler Bühnen, rebatizado de Tanztheater Wuppertal, mantendo-se até hoje no posto.






Perfil
Que em Wuppertal buscava-se uma nova e outra qualidade de dança, não rotineira, já estava claro desde as primeiras peças... Especialmente em “Frühlingsopfer”, a coreografia exige dos atores uma entrega absoluta, até os limites físicos. Somente isso dá às peças autenticidade e força dramática transmitida diretamente aos corpos do público. A dor, o sofrimento, o desespero não são mais apenas sugeridos ou representados por belos gestos. São descarregados com a força de uma extrema presença física e emocional. Isso exige bailarinos que não temam a si mesmos e que estejam prontos a desmascarar seus impulsos humanos elementares e levá-los abertamente ao palco. Pina Bausch foi mudando gradualmente sua maneira de trabalhar. Começou fazendo perguntas aos bailarinos, início de uma pesquisa sobre os limites e as possibilidades de comunicação. Onde nos tocamos e como nos distanciamos uns dos outros? Respostas para palavras-chave, frases curtas, estímulos são buscadas: nenhuma improvisação vaga, mas sempre se perguntam coisas mais precisas, um momento de honestidade que só é transformado em coreografia quando é realmente tocante. Com isso, inicia-se, a cada peça, uma viagem de descoberta, que acredita que cada corpo guarda em plenitude comportamentos, esperanças, saudades, medos e desejos, não por último, soluções possíveis. Um grupo sabe mais do que um coreógrafo pode saber. O método utiliza saberes guardados em cada corpo, trazendo-os à luz. Isso possibilita que cada bailarino tenha um espaço livre para descobrir seus conhecimentos individuais do mundo e mostrá-los. Esse método proporciona um grande respeito pelo indivíduo, que tem o direito de estar presente por sua individualidade e diferença. / Norbert Servos

Mais tarde, desde meados dos anos 70, Pina Bausch confrontou-se com a questão se aquilo que fazia era realmente dança – e não algo como teatro: um mal-entendido causado por uma declaração sua, ao dizer que achava menos interessante como as pessoas se movem do que o que as moviam, as aprofundavam. De fato, por mais de dois anos a coreógrafa constantemente diluiu a dança em suas peças. Mas ela nunca a abandonou de verdade, e em suas peças mais recentes a dança voltou a ter forte presença. Talvez isso tenha se dado pelo fato de as passagens de dança de suas primeiras peças terem se revelado mais resistentes ao tempo do que as partes faladas nas performances regularmente apresentadas. Mas ultimamente, a questão se a obra de Pina Bausch como um todo, com suas mais de vinte peças individuais, pode ser classificada como dança ou teatro é irrelevante, porque tudo que seus bailarinos fazem em cena – mesmo falar – está incorporado num grande ritmo de dança. Afinal, Pina Bausch fez o que os grandes reformadores da história da dança fizeram. Ao romper os limites, ela os estendeu e deu à dança uma nova dimensão: uma arte não só da beleza (que sempre está presente em suas peças), mas, acima de tudo, da liberdade, repleta de amor, delicadeza e humanidade. / Jochen Schmidt


Sweet Mambo (2008)
Bamboo Blues (2007)
Vollmond (2006)
Rough Cut (2005)
Ten Chi (2004)
Nefés (2003) em trabalho conjunto com o International Istanbul Theatre Festival e a Istanbul Foundation for Culture and Arts
Die Kinder von gestern heute und morgen (2002)
Agua (2001)
Masurca Fogo (1998)
Der Fensterputzer (1997)
Palermo Palermo (1989)
Viktor (1986)
Walzer Nelken (1982)
Bandoneon (1980)
Arien (1979)
Café Müller Kontakthof (1978)
Blaubart (1977)
Fritz (1974)

Vida de bailarina

Ser bailarina é...




Usar longos corredores para treinar grand jetés,

ter mais sapatilhas de ponta do que sapatos normais...

Em vez de dedos, ter bolhas nos pés.

Subir na meia ponta quando conversa com seus amigos,

Colocar sua sapatilha de ponta para alcançar objetos que estão em lugares altos,

porque dançar é viver, o resto é apenas um passa tempo...

Pirouettes e foueteés serem as palavras principais de seu vocabulário.

Conhecer mais palavras em francês do que em inglês.

Os pés sempre estão em quinta ou primeira.

Só conseguir contar até 8,

Rir quando alguém que não dança, reclama que o pé está doendo.

Assistir TV, é a hora de se alongar...

Prometer nunca parar de dançar.

Atravessar um corredor dançando ao invés de andando.

Ensaiar enquanto todos estão jantando,

Fazer pliés e tendus, enquanto está na fila,

Fazer grand jetés nos estacionamentos,

Usar breu em vez de sabão.

Antes de qualquer coisa você conta 5,6, 7 e 8.

Escovar os dentes treinando sustentação devant, à la second e deriérre...

Muitas vezes ir contra a maioria. É poder voar com os pés no chão, alcançar o inatingível e sonhar com o impossível!

Ciranda da Bailarina

Chico Buarque

Composição: Edu Lobo / Chico Buarque

Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem

Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida
Ela não tem

Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem

Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem

O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem, todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem

Procurando bem
Todo mundo tem...

Arte de dançar

A arte de dançar
É uma arte para concentrar
Uma arte de desafios
Em muita gente causa arrepio
Errar faz parte dessa linda arte
Tentar de novo e conseguir
Um exemplo de superação
Exemplo de força de vontade e concentração
Balé para mim é como poesia

É expressar os sentimentos através da arte
Mostrar a realidade através da fantasia
Cada um tem o seu modo de ver
O modo de interpretar,
Depende da sua imaginação
E também dos olhos de quem vê
Sapatilha de ponta impressão de flutuação
Dançar para mim é a arte da vida
Uma arte sem muita rotina
Maneira de expressar meus sentimentos
De distrair minhas preocupações
Eu adoro dançar
Espero que nunca seja preciso parar.

Tayh Melo