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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pina Bausch


Pina Bausch nasceu em 1940, na cidade de Solingen. Com a sua coreografia, levou a dança para fora de suas velhas formas e, como diretora do Tanztheater da cidade da cidade de Wuppertal, cunhou o novo conceito de dança-teatro. Entre 1955 e 1958, estudou e formou-se em dança na Escola Folkwang da cidade de Essen, sob direção de Kurt Jooss. Entre 1959 e 1962, estudou dança nos EUA, onde trabalhou, entre outros, com Paul Taylor e Antony Tudora. Em 1962, retorna à Alemanha a pedido de Kurt Jooss e torna-se bailarina no Folkwang-Ballett recém-inaugurado por ele. Em 1968, realiza sua primeira coreografia para o Folkwang-Ballett: “Fragment”. Entre 1969 e 1973, foi diretora artística, coreógrafa e bailarina do Estúdio de Dança Folkwang (1971,“Aktionen für Tänzer”, 1972 “Thannhäuser”, “Bacchanals”). Em 1980 realizou o primeiro trabalho conjunto com o cenógrafo Peter Pabst. A partir de 1983, assumiu a direção artística do Estúdio de Dança Folkwang, cargo ocupado até hoje. Entre 1983 e 1989, dirigiu o departamento de dança da Folkwang Hochschule em Essen. Em 1973 foi nomeada diretora do Ballet der Wuppertaler Bühnen, rebatizado de Tanztheater Wuppertal, mantendo-se até hoje no posto.






Perfil
Que em Wuppertal buscava-se uma nova e outra qualidade de dança, não rotineira, já estava claro desde as primeiras peças... Especialmente em “Frühlingsopfer”, a coreografia exige dos atores uma entrega absoluta, até os limites físicos. Somente isso dá às peças autenticidade e força dramática transmitida diretamente aos corpos do público. A dor, o sofrimento, o desespero não são mais apenas sugeridos ou representados por belos gestos. São descarregados com a força de uma extrema presença física e emocional. Isso exige bailarinos que não temam a si mesmos e que estejam prontos a desmascarar seus impulsos humanos elementares e levá-los abertamente ao palco. Pina Bausch foi mudando gradualmente sua maneira de trabalhar. Começou fazendo perguntas aos bailarinos, início de uma pesquisa sobre os limites e as possibilidades de comunicação. Onde nos tocamos e como nos distanciamos uns dos outros? Respostas para palavras-chave, frases curtas, estímulos são buscadas: nenhuma improvisação vaga, mas sempre se perguntam coisas mais precisas, um momento de honestidade que só é transformado em coreografia quando é realmente tocante. Com isso, inicia-se, a cada peça, uma viagem de descoberta, que acredita que cada corpo guarda em plenitude comportamentos, esperanças, saudades, medos e desejos, não por último, soluções possíveis. Um grupo sabe mais do que um coreógrafo pode saber. O método utiliza saberes guardados em cada corpo, trazendo-os à luz. Isso possibilita que cada bailarino tenha um espaço livre para descobrir seus conhecimentos individuais do mundo e mostrá-los. Esse método proporciona um grande respeito pelo indivíduo, que tem o direito de estar presente por sua individualidade e diferença. / Norbert Servos

Mais tarde, desde meados dos anos 70, Pina Bausch confrontou-se com a questão se aquilo que fazia era realmente dança – e não algo como teatro: um mal-entendido causado por uma declaração sua, ao dizer que achava menos interessante como as pessoas se movem do que o que as moviam, as aprofundavam. De fato, por mais de dois anos a coreógrafa constantemente diluiu a dança em suas peças. Mas ela nunca a abandonou de verdade, e em suas peças mais recentes a dança voltou a ter forte presença. Talvez isso tenha se dado pelo fato de as passagens de dança de suas primeiras peças terem se revelado mais resistentes ao tempo do que as partes faladas nas performances regularmente apresentadas. Mas ultimamente, a questão se a obra de Pina Bausch como um todo, com suas mais de vinte peças individuais, pode ser classificada como dança ou teatro é irrelevante, porque tudo que seus bailarinos fazem em cena – mesmo falar – está incorporado num grande ritmo de dança. Afinal, Pina Bausch fez o que os grandes reformadores da história da dança fizeram. Ao romper os limites, ela os estendeu e deu à dança uma nova dimensão: uma arte não só da beleza (que sempre está presente em suas peças), mas, acima de tudo, da liberdade, repleta de amor, delicadeza e humanidade. / Jochen Schmidt


Sweet Mambo (2008)
Bamboo Blues (2007)
Vollmond (2006)
Rough Cut (2005)
Ten Chi (2004)
Nefés (2003) em trabalho conjunto com o International Istanbul Theatre Festival e a Istanbul Foundation for Culture and Arts
Die Kinder von gestern heute und morgen (2002)
Agua (2001)
Masurca Fogo (1998)
Der Fensterputzer (1997)
Palermo Palermo (1989)
Viktor (1986)
Walzer Nelken (1982)
Bandoneon (1980)
Arien (1979)
Café Müller Kontakthof (1978)
Blaubart (1977)
Fritz (1974)

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